A iteração entre a música, a escrita e as artes performativas é uma característica recorrente do fundador, letrista e vocalista do grupo Mão Morta. Com um percurso artístico multifacetado, a irreverência é uma constante nos seus projectos artísticos. Transferir Transmutador de perspetivas sob o pseudónimo de Adolfo Luxúria Canibal, Adolfo Morais de Macedo nasceu em Luanda, Angola 1959, e cresce entre Vieira do Minho e Braga. Em 1978 passa a cursar Direito em Lisboa, onde vive até 1999, exercendo advocacia e consultoria jurídica. Na qualidade de especialista em Direito do Ambiente, profere inúmeras palestras em Portugal e no estrangeiro. Como músico, escritor e performer é assinalável a sua movimentação nacional e internacional. Fundador dos grupos Bang-Bang (1981), Auaufeiomau (198-1984) e PVT Industrial (1984), em 2000 passa a integrar o grupo francês Mécanosphère, como vocalista. Participa como ator nos filmes Gel Fatal, de António Ferreira, e O Dragão de Fumo, de José Carlos de Oliveira. Autor de espetáculos de spoken word, a solo (1999) ou com António Rafael (desde 2004). Publica os livros Rock & Roll (1984) e Estilhaços (2004) e escreve o prefácio para a edição portuguesa de Os Cantos de Maldoror (2004). Traduz Heiner Müller (1997) e Vladimir Maiakovski (2008). Encena e é ator em performances e espetáculos multimédia como Rococó, Faz o Galo (1983), Dos Gatos Brancos que Jazem Mortos na Berma do Caminho de Ferro (1983), Labiu e a Pulga Amestrada (1984) e Müller no Hotel Hessischer Hof (1997). Participa como vocalista ou letrista em diversos discos e espetáculos de vários grupos e artistas portugueses e estrangeiros, como Pop Dell'Arte, Clã, Moonspell, WrayGunn, Houdini Blues, Pat Kay & The Gajos ou Steve McKay.
Adolfo Luxúria CanibalMUSICA e ESCRITA